sábado, 17 de novembro de 2007

Simples como amar

Ui, mais um sábado à noite em casa. Pelo menos hoje tem filme bacana na TV.

Simples como Amar é na minha opinião o melhor trabalho da Juliette Lewis. Filme lindo, história linda, trilha sonora linda. Que todo mundo deveria assistir. Fala de pessoas especiais (em todos os sentidos da palavra), de preconceito, de relações entre pais e filhos. Não é o filme que arranca gargalhadas nem rios de lágrimas. Mas deixa os olhos marejados e um sorriso discreto no rosto o tempo todo.

Primeiro que eu apóio a terminologia pedagógica de portadores de necessidades especiais. Sejam elas quais forem. Apóio mesmo. Não acho que seja rotular, não. Somos sim todos diferentes. Mas também temos muita coisa em comum. O filme tenta passar isso. A Carla quer as mesmas coisas que todos os jovens querem. Quer autonomia, quer independência, quer se descobrir, quer superar seus limites. E todos temos limitações, cada um tem a sua.

Na questão do preconceito o filme meio que mostra como ele começa dentro de casa! Acho que há uma ligação entre a super-proteção da mãe e o preconceito dela em relação às filhas. Ela não aprova nenhuma das filhas, não concorda com as escolhas das filhas, isso é preconceito. E é pior do que o preconceito da sociedade, porque elas estão recebendo críticas exatamente de onde deveria vir apoio!
A super-proteção toda da mãe não é amor. Amor não deve ser pra sufocar, pra podar, nem pra controlar. Ela sufoca a filha porque acha que ela é incapaz. Isso pra mim é preconceito.
Ela não acredita no potencial da filha. Não confia. E pra mim onde não tem confiança pode haver qualquer sentimento, menos amor. E aqui quem tem que aprender a lição é a mãe. Primeiro aprender a confiar e a respeitar, e então sim aprender a amar as filhas como elas são!
éééééé, é lição de moral sim! E todo mundo que acha que amar é controlar ou ser controlado deveria assistir esse filme.
Porque tem o outro extremo também, controladores precisam de controlados! E muitos acham que se alguém dispende zelo em excesso é sinal de amor, amor demais. Não é. Muitos filhos se sentem culpados por não se submeterem ao rigor excessivo que os pais tentam lhe impor (atenção, aqui eu tô falando de excessos, como é mostrado no filme). E acham que tudo que os pais fazem é por amor. Aí crescem anulando sua verdadeira personalidade e viram adultos frustrados. Ou então se rebelam e perdem o controle de si mesmos sem conseguirem achar sua verdadeira identidade.

A Carla, mesmo com todas as suas limitações, conseguiu. Se encontrou. Se impôs. Não deixou que a mãe ditasse como deveria ser sua vida. Ela escolheu o próprio caminho.


Obs. Melhor diálogo do filme:
-Quem será que inventou isso de sexo?
- Sei lá, acho que foi a Madonna!

4 comentários:

Anônimo disse...
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JuX disse...

Ih... passei por aki moça comportada...
saudades de ti... qqer hora eu passo lá p te fazer mais uma visita!e claro, levarei o Gaspar!!!
rs bjo

JuX disse...

Ah amiga... ferradas é pouco para classificar a gente rssssssss
Saudades muitassssssssss de vc!
Bjos

Anônimo disse...

Eu já vi esse filme, realmente muito lindo.
E adorei sua resenha.