
Tenho um texto enorme sobre um filme O JARDINEIRO FIEL, que escrevi ano passado quando assisti, tipo umas 10 páginas, mas não sei onde está. E eu amei, amei, amei esse filme. E chorei, chorei, chorei quando vi. E depois escrevi, escrevi, escrevi...
Mas hoje reassisti "Premonições" (que é diferente de Premonição, aquele q tem um monte de filmes), esse é com a com Sandra Bullock.
"Linda Hanson é uma jovem dona de casa com uma vida aparentemente perfeita, até que um dia recebe a notícia de que seu marido morreu em um acidente de carro.Porém, ao acordar no dia seguinte, ela descobre que ele está são e salvo.
Ela pensa ter sido um pesadelo, mas, no outro dia, seu marido está morto.É então que ela percebe que está vivendo os dias fora de ordem, e enquanto tenta entender esse fenômeno que lhe aflige, descobre que sua vida não era tão perfeita quanto imaginava.
Agora, Linda tem uma angustiante escolha a fazer: salvar a vida do marido e seu casamento, ou deixá-lo morrer e começar uma vida nova sem ele."
E foi em boa hora, pra tirar da minha cabeça umas coisinhas sobre voltar no tempo e fazer tudo diferente. Pra salvar a mim mesma.
No filme Linda decide salvar o marido, e a cada dia ela vive a angústia de saber o que vai acontecer e não saber como fazer pra evitar. Aqui a gente pula os furos do roteiro (a filha com o rosto cortado, o hospício que até agora não entendi...), mas deixa essa parte pra lá, porque eu quero voltar pra tal da mensagem do filme.
Que seria: NÃO SE PODE MUDAR O DESTINO!
Ela sabia o tempo todo o que aconteceria e nem assim conseguiu mudar o rumo da história, às vezes parece que ela só atrapalhou mais ainda as coisas.
Adiantou alguma coisa?
Aqui eu to dividida duas opiniões*:
1-Serviu pra ela sofrer por antecipação, porra, pra que saber se não se pode fazer nada?
2- Serviu pra ela ir se preparando pro que aconteceria, pois quando ele morreu mesmo, ela parecia já estar conformada... sofrer aos poucos seria melhor do que levar o golpe de uma vez só?
E o dilema moral "se devia tentar salvar o marido ou deixá-lo morrer", pra mim devia ter sido mais bem explorado, dava pra fazer o filme em duas partes: 1- cuidaria desse tema e 2- do lance do destino. Porque por um momento ela acreditou ter nas mãos a escolha de seu futuro "quero continuar casada ou prefiro me tornar viúva?", isso dá um bocado de discussão, ATÉ QUE PONTO SOMOS NÓS MESMOS QUE ESCOLHEMOS NOSSO DESTINO?
Será que nossas ações pra fugir de determinados acontecimentos não acabam nos empurrando ainda mais, por uma força maior do que nós podemos entender?
A cena dela conversando com o padre é uma das melhores, clichê, mas mesmo assim ótima, tipo lição de moral mesmo, de ter fé, de se apegar à algo na vida. Embora eu discorde da afirmação do padre de que as premonições são causadas pela falta de fé. Isso é limitar demais um fenômeno tão vasto.
É querer reduzir à visão do cristianismo algo que eu considero um dom que não pode ser simplesmente negado**.
Eu tava esperando um suspense daqueles que fazem a gente querer dormir com a luz acesa de noite, mas é drama puro. E se eu consigo chorar até em comédias imagina em dramas.
Se o marido tivesse sobrevivido o filme não teria sido bom, ia ser só mais um romancezinho americano no estilo "o amor pode tudo"***
E tentam trabalhar o tema da traição também, mas hoje não to boa pra falar disso não, e aqui também tem coisa pra caramba pra ser escrita...
*vício de estudante de direito: tudo "depende", tudo tem que ter no mínimo duas correntes doutrinárias....
**e eu tenho um cadinho de medo de temas que não podem ser racionalizados e ponto. é complicado isso de temer no que se crê.
*** isso é tema pra outro post também!
Mas hoje reassisti "Premonições" (que é diferente de Premonição, aquele q tem um monte de filmes), esse é com a com Sandra Bullock.
"Linda Hanson é uma jovem dona de casa com uma vida aparentemente perfeita, até que um dia recebe a notícia de que seu marido morreu em um acidente de carro.Porém, ao acordar no dia seguinte, ela descobre que ele está são e salvo.
Ela pensa ter sido um pesadelo, mas, no outro dia, seu marido está morto.É então que ela percebe que está vivendo os dias fora de ordem, e enquanto tenta entender esse fenômeno que lhe aflige, descobre que sua vida não era tão perfeita quanto imaginava.
Agora, Linda tem uma angustiante escolha a fazer: salvar a vida do marido e seu casamento, ou deixá-lo morrer e começar uma vida nova sem ele."
E foi em boa hora, pra tirar da minha cabeça umas coisinhas sobre voltar no tempo e fazer tudo diferente. Pra salvar a mim mesma.
No filme Linda decide salvar o marido, e a cada dia ela vive a angústia de saber o que vai acontecer e não saber como fazer pra evitar. Aqui a gente pula os furos do roteiro (a filha com o rosto cortado, o hospício que até agora não entendi...), mas deixa essa parte pra lá, porque eu quero voltar pra tal da mensagem do filme.
Que seria: NÃO SE PODE MUDAR O DESTINO!
Ela sabia o tempo todo o que aconteceria e nem assim conseguiu mudar o rumo da história, às vezes parece que ela só atrapalhou mais ainda as coisas.
Adiantou alguma coisa?
Aqui eu to dividida duas opiniões*:
1-Serviu pra ela sofrer por antecipação, porra, pra que saber se não se pode fazer nada?
2- Serviu pra ela ir se preparando pro que aconteceria, pois quando ele morreu mesmo, ela parecia já estar conformada... sofrer aos poucos seria melhor do que levar o golpe de uma vez só?
E o dilema moral "se devia tentar salvar o marido ou deixá-lo morrer", pra mim devia ter sido mais bem explorado, dava pra fazer o filme em duas partes: 1- cuidaria desse tema e 2- do lance do destino. Porque por um momento ela acreditou ter nas mãos a escolha de seu futuro "quero continuar casada ou prefiro me tornar viúva?", isso dá um bocado de discussão, ATÉ QUE PONTO SOMOS NÓS MESMOS QUE ESCOLHEMOS NOSSO DESTINO?
Será que nossas ações pra fugir de determinados acontecimentos não acabam nos empurrando ainda mais, por uma força maior do que nós podemos entender?
A cena dela conversando com o padre é uma das melhores, clichê, mas mesmo assim ótima, tipo lição de moral mesmo, de ter fé, de se apegar à algo na vida. Embora eu discorde da afirmação do padre de que as premonições são causadas pela falta de fé. Isso é limitar demais um fenômeno tão vasto.
É querer reduzir à visão do cristianismo algo que eu considero um dom que não pode ser simplesmente negado**.
Eu tava esperando um suspense daqueles que fazem a gente querer dormir com a luz acesa de noite, mas é drama puro. E se eu consigo chorar até em comédias imagina em dramas.
Se o marido tivesse sobrevivido o filme não teria sido bom, ia ser só mais um romancezinho americano no estilo "o amor pode tudo"***
E tentam trabalhar o tema da traição também, mas hoje não to boa pra falar disso não, e aqui também tem coisa pra caramba pra ser escrita...
*vício de estudante de direito: tudo "depende", tudo tem que ter no mínimo duas correntes doutrinárias....
**e eu tenho um cadinho de medo de temas que não podem ser racionalizados e ponto. é complicado isso de temer no que se crê.
*** isso é tema pra outro post também!
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